Acredito que muitos ciclistas já ouviram esta frase, principalmente de motoristas irritados por terem que "dividir seu espaço na rua com os demais". Mas em Ribeirão Preto, ela não faria sentido, afinal, dos seis parques que cidade possui, apenas um permite a entrada de ciclistas e possui estruturas para tal.
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| Entrada do parque Curupira Fonte: comunidade Amo Ribeirão Preto - Facebook |
Aproximadamente um ano depois, sabe-se lá por quem, o acesso a bicicletas no parque foi totalmente proibido aos finais de semana. Lembro-me que fui barrado por um guarda municipal, informando que a bicicletas foram proibidas por conta do grande numero de pessoas no parque. Ora, e o local tinha uma ciclofaixa para quê? O pior é que nem ao menos entrar empurrando a bike foi permitido. A solução dada pelo guarda: prender a bicicleta do lado de fora da cerca! Claro que simplesmente não aceitei a "ideia" e fui embora. Felizmente a proibição caiu meses depois e o acesso voltou a ser liberado todos os dias da semana.
Em 2013 uma fatalidade acontece: um empresário morreu ao chocar a bicicleta que conduzia em uma arvore. Em 2014, uma adolescente ficou gravemente feria ao bater a bicicleta numa arvore, exatamente a mesma arvore que matou o empresario um ano atras.
A prefeitura de Ribeirão nunca teve uma história de prevenção de acidentes e por isso tomou a atitude mais estúpida e "fácil" dentro de suas possibilidades: proibir o trânsito de bicicletas no interior do parque! Com exceção de crianças menores de 10 anos.
Ao invés de modernizar a sinalização interna, orientar os ciclistas ou até mesmo restringir acesso ao trecho mais perigoso, simplesmente preferiram proibir tudo. Ora, se querem pedalar que usem a ciclofaixa de lazer aos domingos, poderia dizer alguém da administração atual! Nem ao menos protegeram o local onde o empresário foi morto, para evitar uma nova tragédia. Quem conhece Ribeirão sabe que "de vez em quando" algum motorista cai com seu carro no córrego da avenida Francisco Junqueira. O que faríamos então? Pela lógica da prefeitura, então vamos proibir o transito de carros pela avenida!
O mais revoltante é voltar ao Curupira depois de seis meses e encontrar um parque abandonado, com estrutura precária, mato alto, sem bebedouros e com as antigas placas que sinalizavam a antiga ciclofaixa, serem usadas desta maneira:
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| Consegue ler o que está escrito? |
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| Esta nem ao menos está escrito nada. |
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| Infraestrutura é o forte da administração atual... só que não! |
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| Um matagal? Não, apenas o mirante do Curupira. |
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| Mais matagal |
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| Bebedouros na parte baixa do parque, ou melhor, a falta deles. Ao lado, a desculpa. |
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| Bebedouro na parte alta do parque. Bonito né? Pois é, mas não funciona. |
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| Torneira seca como um osso |
Tive a oportunidade de ver uma família chegar ao Curupira e ficar frustrada com a proibição. A cara de desanimo dos meninos era visível. E se você quiser ir ao parque a pé para uma caminhada, o único portão de acesso aos pedestres fica trancado. Sim, você terá que dividir espaço na entrada dos carros.
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| Pelo menos a universidade no banner adorou o portão trancado |
Ah mas se você vai de carro, encontrará um cenário mais ou menos assim nos finais de semana.
Por isso, quando ouvir um motorista dizer ou lhe gritar de dentro do carro "LUGAR DE BICICLETA É NO PARQUE!", em Ribeirão ele quer dizer: "NÃO PEDALE EM LUGAR NENHUM!"
Alguns links sobre o assunto:
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